sábado, 17 de janeiro de 2015

Fazendo contas

Eu não deveria ter estudado ciências humanas. Mentira! Mas, como eu gosto de números e datas! Hoje vou falar de mais uma: 17/7/2014. Já me reduzi a essa uma outra vez aqui no blog. De lá até onde estou foram 6 meses ou 184 dias ou 4.406 horas ou 264.363 minutos ou 15.861.781 segundos (e contando...).

Sei lá, parece a metade. Ou não. Mas,viver esse montão de números por aqui está me fazendo diferente. Vivi algumas coisas que me deixaram, ora mais forte, ora mais fraco, ora mais inteligente, ora menos comum. Tem coisa boa nisso tudo. Já citei aqui algumas que não hesito em repetir. De agregado passei "ao da turma", do cara que quer ser politicamente correto ao esquerdismo-quase-radical - quase, porque eu não quero radicalizar em nada -, do irresponsável ao sensato (em alguns momentos), do moço que não se misturava ao homogêneo. Estou mais sociável... (eu acho!)

Não quero parecer depressivo, embora eu quase nunca consiga me desviar disso, mas estou tentando me adaptar. Vou parar por aqui. Nem vou mencionar o que de mim ficou pra trás. Hoje não é pra vocês, mesmo que sempre estejam sempre em mim. Voltarei aos números.

Nesse período de 184 dias ganhei "um pacotinho amarelo" que, mesmo antes de nascer, já tinha o meu amor. Pra quem me conhece, pode parecer estranho isso, já que minha relação com crianças nunca foi (e acho que nunca será tão próxima). Só sei que vivi uma emoção - mesmo distante - que não havia sentido ainda. Será que estou ficando velho? Lembrando aqui umas outras coisas, acho que estou mesmo. Meus sobrinhos - sim, eu tenho 4 - me pareceram mais próximos da última vez que estive com eles. Isso, definitivamente, deve ser sinal de que a idade avançou. Afinal, são... quase 40. (Suspirei fundo aqui agora por ter que admitir isso). Mas, não pesa não! É só um número, né, gente!?

2015 e, quem diria, eu estou nele. Um pouco tarde pra falar de expectativas, mas estou nele e essas são melhores. 2 mil vezes melhores!


Escrevi ouvindo:

- Lea Michele - Cannonball 
- Adele - Someone Like You 
- Kelly Clarkson - Because Of You 
- Maroon 5 - Sugar 
- Madonna - Living For Love 







quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Liberté, Egalité, Fraternité

Ainda que tardia, essa tão famigerada liberdade (ou a falta dela) incomoda. Principalmente, àqueles que não compreendem o real sentido da expressão. E não importa o quento é cantada, falada, explorada. A liberdade é difícil, especialmente em tempos tão miseráveis como o que estamos vivendo. O episódio na revista parisiense Charlie Hebdo me faz pensar no tanto que eu repudio radicalismos. Sejam eles para o bem ou para o mal. O fanatismo religioso que, embora por aqui ainda seja em proporções bem menores, é a principal causa de tamanha barbárie. Penso: como pode uma crença alcançar o extremismo, a loucura? Por que algo que deveria (e deve) pregar o bem, matar? O extermínio deveria ser da ignorância, do xiitismo, da intolerância. 

Doze pessoas mortas. E nem é porque são jornalistas não. São pessoas. gente de carne e osso que perderam a vida em detrimento da loucura alheia. Tá, eu não posso ser leviano ao ponto de apontar culpados a esmo. Sei que os jhiradistas também tem lá seus motivos. Mas, usar a religião como desculpa, não dá. 

Sou jornalista, vocês sabem. E eu nunca me imaginaria estar em uma reunião de pauta esperando a morte chegar. O alvo dos radicais foi uma revista de extrema esquerda que replicava charges satirizando o islã. Não é o nosso caso. Mas, poderia ser. Por lá, as questões xenófobas tangem melindrosamente todo o processo de intolerância. Sejam dos franceses com os árabes-muçulmanos-afins e vice-versa.

O que importa é saber onde e quando isso vai parar. E vai?

Por aqui, a esperança é que aprendamos a não conviver solenemente com essa intolerância. Sim, eu falo de grupos Y versus patotas X. Entendam como quiserem. Um pouquinho de paz e de amor não faz mal pra ninguém.

"Matar em nome de Deus é ideia do homem, não de Deus." Madonna