quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O que de mim ficou pra trás

Janeiro e a ressaca de mais um encontro que não vai acontecer mais. E o que esperar de fevereiros aquarianos? A despedida de um trabalho de oito meses que só me deu orgulho. Gosto do que é bom. Em março, o tom carnavalesco toma conta da rua, com amigos distribuídos. Em casa, uma modelo especial para cada dia de folia. Abril e a insegurança da incerteza, assim como maio. Mas, era o mês da minha mãe e lá fui eu pras terras valadarenses (só voltaria por lá muitos meses depois). A luz no fim do túnel começa a surgir com o desprendimento das coisas materiais. Tchau, Tobias. E lá no horizonte nascia uma certa metrópole paulistana. Ansiedade e mãos dadas (mais uma vez). Na despedida, julho. Doeu. Muito, mas tanto que só de escrever aqui e imaginar como foi, dói de novo. E ainda dói. Muito. 17 é um numeral que me persegue. Marca o início de fases da minha vida. Com ele, volto à abril para marcar 7. E não é conta de mentiroso. 7 anos de companheirismo. (Eu nunca esqueço de você!). E foi também em 17 que vim para São Paulo. Uma cidade nova para um cara nem tão novo assim. E tinha que ser assim! O sonho que eu tinha aos 30, se fez real agora. Cá estou, sem saber, ao certo, pra onde seguir, mas estou. O que de mim ficou pra trás, me prende muito. Dói. E dói muito ainda... Mas tem quibes crus e esfirras recheadas de amigos agregados para temperar minha estadia. Chegada que começou com o auxílio luxuoso de pessoas que eu guardo aqui dentro. O aniversário até veio, mas passou. Quase insignificante. Ainda me adaptava à nova real, mano. De flores, setembro só me deu o fato de rever o que ficara pra trás. Mas, nem consegui tudo. Afinal, não se pode ter tudo. Não, não é uma reclamação, embora pareça. "Eu sempre quero mais que ontem". Outubro e a casa nova. Mas, ela não é minha ainda. Faz parte, mas não é parte. Falta algo que ficou pra trás... Ah, e teve um susto. Você já esteve internado numa UTI? Eu já! E não foi legal... Novos colegas surgem por aqui para dar uma aliviada nesse drama que é a minha vida. Vi vitórias e comemorei. November rain e eu estou de volta à GV. Mãe, colo, família... E qual a minha surpresa em rever pessoas que optaram (ou não) por se perder de mim. Ainda bem que alguém de longa data está por perto sempre. E pra ficar mais legal, trouxe consigo um coração bom lá do norte. De novo, dezembro. O fim. O início de um começo que tem, no final, quibes, longa data, norte e o que de mim ficou pra trás.

2 comentários:

  1. O que de você ficou pra trás me interessa, pois do pouco que sei, sei que somos afins. De almas, visão política (o que também é alma), Madonnas, quibes e esfirras. Bem vindo. Fique pra sempre. E traga o que deixou lá, para ficares melhor aqui. Completo! ;-)

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